Ladeira abaixo

A cotação do couro verde voltou a recuar no Brasil Central. O preço base para o produto de primeira linha passou a R$1,40/kg. Mediante bonificações, chega-se até a R$1,80/kg, mas são negócios bem fora da média. Couro catado ninguém quer. Foram registrados alguns negócios a R$1,20/kg, mas pouca coisa mesmo. O câmbio se mantém frouxo, os Estados Unidos e a China estão comprando menos e a Europa está em férias. Esse cenário sustenta a pressão de baixa sobre o couro verde. No Rio Grande do Sul, porém, em função do baixíssimo nível de oferta, os preços da matéria-prima têm se sustentado, e os curtumes observam as margens despencarem. Para tentar amenizar a situação, o governo do Estado assinou um decreto que estende o diferimento parcial de ICMS para as filiais comerciais e empresas que terceirizam a produção no setor de beneficiamento de couro. Anteriormente esta redução era apenas permitida para a indústria e para a produção própria, não contemplando as distribuidoras e a produção terceirizada. O diferimento parcial reduz o ICMS do couro beneficiado de 17% para 12%, equiparando a tributação nas vendas internas do produto às entradas interestaduais. O governo acredita que o diferimento vai beneficiar 700 estabelecimentos que enfrentam dificuldades em deslocar seus produtos para outros Estados. Mas voltando ao mercado, a tendência para os próximos dias é de preços estáveis. No entanto os curtumes não descartam a possibilidade de novos recuos, caso o dólar volte a cair. SEBO TAMBÉM EM BAIXA As cotações do sebo também recuaram. No Brasil Central já são registrados negócios na faixa de R$1,55/kg. As indústrias de higiene e limpeza apontam dificuldades de venda e de repasse de preços para o varejo. A tendência, para os próximos dias, ainda é de baixa. O mercado irá estabilizar somente quando as ofertas voltarem a recuar de forma significativa.
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