A disponibilidade de couro verde, em todo o País, segue restrita. O motivo é a menor oferta de gado neste início de ano.
A lentidão dos abates e, mais recentemente, as dificuldades de embarque – algumas indústrias apresentam capacidade ociosa de 50% devido a lotes que simplesmente não chegam – deixam o mercado enxuto.
Ainda assim, a pressão baixista sobre o couro verde se mantém forte. As oscilações constantes do câmbio dificultam os negócios. E até o embargo da União Européia à carne
in natura do Brasil, que não tem nada a ver com o couro, serve de pretexto para recuos.
No Norte do País, a oferta de couro verde está melhor, mas não abundante. O couro salgado do Norte chega ao Brasil-Central por, aproximadamente, R$50,00 a peça (32 kg), o equivalente a R$1,60/kg.
Já o mercado de couro verde, primeira linha, trabalha no mesmo patamar, de R$1,80/kg. Negócios são realizados entre R$1,60/kg e R$1,90/kg. Ou seja, dependendo da situação, é mais interessante buscar couro no Norte do que comprar no Brasil-Central.
Se em uma ponta o mercado segue frouxo, na ponta consumidora o cenário é mais favorável. Os curtumes relatam demanda aquecida por couro, sobretudo para o
wet blue.
A perspectiva de queda no consumo de couro, caso o temor por uma recessão nos Estados Unidos se concretize, é real. Outro sinal de cautela é a possibilidade de aumento na taxação do
wet blue, que hoje é de 9%. Alguns rumores dão conta de que ela pode dobrar.
SEBO
O mercado de sebo não apresentou oscilação na última semana. A oferta está ajustada à demanda.
Após o recuo de R$0,10/kg em janeiro, a tendência é de preços estáveis no curto prazo.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>