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Mercado em ritmo lento

por Leonardo Alencar
Sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 -13h17
A disponibilidade de couro verde, em todo o País, segue restrita. O motivo é a menor oferta de gado neste início de ano.

A lentidão dos abates e, mais recentemente, as dificuldades de embarque – algumas indústrias apresentam capacidade ociosa de 50% devido a lotes que simplesmente não chegam – deixam o mercado enxuto.

Ainda assim, a pressão baixista sobre o couro verde se mantém forte. As oscilações constantes do câmbio dificultam os negócios. E até o embargo da União Européia à carne in natura do Brasil, que não tem nada a ver com o couro, serve de pretexto para recuos.

No Norte do País, a oferta de couro verde está melhor, mas não abundante. O couro salgado do Norte chega ao Brasil-Central por, aproximadamente, R$50,00 a peça (32 kg), o equivalente a R$1,60/kg.

Já o mercado de couro verde, primeira linha, trabalha no mesmo patamar, de R$1,80/kg. Negócios são realizados entre R$1,60/kg e R$1,90/kg. Ou seja, dependendo da situação, é mais interessante buscar couro no Norte do que comprar no Brasil-Central.

Se em uma ponta o mercado segue frouxo, na ponta consumidora o cenário é mais favorável. Os curtumes relatam demanda aquecida por couro, sobretudo para o wet blue.

A perspectiva de queda no consumo de couro, caso o temor por uma recessão nos Estados Unidos se concretize, é real. Outro sinal de cautela é a possibilidade de aumento na taxação do wet blue, que hoje é de 9%. Alguns rumores dão conta de que ela pode dobrar.

SEBO

O mercado de sebo não apresentou oscilação na última semana. A oferta está ajustada à demanda.

Após o recuo de R$0,10/kg em janeiro, a tendência é de preços estáveis no curto prazo.