Tem Boi na linha

Em função da paralisação dos abates de uma grande empresa frigorífica, o mercado voltou a trabalhar sob pressão de baixa. Além de aproveitarem a onda de especulações, os frigoríficos acreditam que a diminuição da concorrência facilite a compra de gado. Na outra ponta, porém, a oferta de carne tende a se reduzir ainda mais, favorecendo a firmeza do atacado. Esse é um fator positivo para a sustentação das cotações da arroba. De todo forma, tudo depende de quanto tempo o referido frigorífico manterá as atividades suspensas. Isso ninguém sabe. Em São Paulo, houve recuo de R$1,00/@ (alguns frigoríficos derrubaram até R$2,00/@ os preços de balcão). Os negócios não correm bem. As indústrias mais eficientes na compra conseguiram, quando muito, alongar em 1 dia as escalas de abate. No Mato Grosso do Sul a situação é a mesma. Nas praças de Dourados e Campo Grande os preços oferecidos pela arroba do boi gordo caíram para R$73,00 e R$72,00, respectivamente, ambos a prazo e para descontar o imposto. Em Três Lagoas, os compradores afirmam que a oferta aumentou nos últimos dois dias e, mediante esse fato, a cotação caiu para R$74,00/@, nas mesmas condições. Recuos também em Minas Gerais, tanto na região do Triângulo Mineiro quanto em Belo Horizonte. O mercado atacadista trabalha em ambiente estável.
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