Produção nacional de soja pode ser recorde

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou no dia 8 (terça-feira) o terceiro levantamento da safra brasileira de grãos. À medida em que o plantio das lavouras chega ao final, é possível ter uma idéia melhor do que se espera para a temporada 2009/2010. A CONAB estima uma área de 47,9 milhões de hectares ocupada pelas principais culturas. Na comparação com a safra passada, cujo cultivo foi de 47,6 milhões de hectares, a diferença é de 0,7%. De maneira geral, houve redução da área com milho primeira safra (9,8%) e algodão (6,2%). Os baixos preços e a elevada oferta do grão no mercado interno (no caso do milho) foram os fatores que pesaram na escolha do produtor. Para o algodão, apesar da ligeira recuperação dos preços nos últimos meses, o principal motivo da redução continua sendo os elevados custos de produção. A área de soja, por sua vez, deve aumentar 6%. A previsão é que a cultura ocupe pouco mais de 23 milhões de hectares. Cabe destacar que o plantio está praticamente concluído no Centro-Sul do país. PRODUÇÃO SAFRA 2009/2010 A produção de grãos na safra 2009/2010 está estimada em 140,6 milhões de toneladas. Este montante está 4% acima do produzido na temporada passada (135,1 milhões de toneladas). Em números absolutos, isto significa 5,5 milhões de toneladas a mais. A soja é a cultura com maior incremento na produção. A previsão é de que sejam colhidos 64,5 milhões de toneladas, um acréscimo de 13% em relação à safra anterior. Desta forma, a safra de soja (2009/2010) pode ser recorde. No caso do milho, o clima favorável deve garantir uma boa produtividade. A CONAB estima uma produtividade média de 3.838kg/hectare (64 sacas/ha), 5,5% maior que a alcançada na safra 2008/2009. Vale destacar que na safra passada a produtividade, principalmente no Centro-Oeste e Sul, foi prejudicada pelas estiagens. Com isso, a produção brasileira de milho (primeira safra) deve ficar em torno de 32,0 milhões de toneladas. Para o caroço de algodão, os números apontam uma redução de 1,3% na oferta do produto em 2010.
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