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Mercado de milho e soja

por Maria Gabriela Tonini

Quinta-feira, 26 de maio de 2005 - 03h00

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SOJA

Apesar da colheita de soja no país ter praticamente encerrado, a não ser por pequenos volumes a serem colhidos no Sul do país, a comercialização do grão segue lenta no mercado interno.

Os produtores estão desanimados com os preços vigentes da soja, e aguardam uma possível reação nas cotações no segundo semestre, comercializando poucos lotes. Ainda mais porque o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que o estoque mundial final nessa safra será menor que o esperado, principalmente pela quebra da safra brasileira.

Mesmo assim, o Brasil aumentou as exportações de abril. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), comparado a março, o volume vendido ao exterior aumentou 47%, totalizando 2,69 milhões de toneladas. Mas em faturamento, os números encolheram. De fevereiro a abril de 2005 as exportações caíram 4% em relação ao mesmo período de 2004, graças à desvalorização do grão.

Mas o aumento dos fretes marítimos aos países asiáticos e pode prejudicar a importação da soja pela China, um dos maiores compradores brasileiros.

MILHO

Aprevisão é que a demanda de milho no Brasil será maior que a produção interna.

Para sanar essa diferença, principalmente para o abastecimento de grãos na avicultura e suinocultura, uma das alternativas seria a importação de milho argentino. Entretanto, ainda não está autorizada a compra do grão do país vizinho, apesar de economicamente viável (mais barato que o brasileiro). O milho plantado na Argentina é transgênico e causa controvérsias nas autoridades brasileiras à sua importação.

Outra alternativa seria o abastecimento do mercado interno através da disponibilização dos estoques anunciados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Segundo a Companhia, o Brasil tem 1,90 milhão de tonelada de milho estocado. Essa quantia deve amenizar a falta do grão no país, que foi estimada em 2,5 milhões de toneladas. Lembrando que a safra está prevista em 36 milhões de toneladas, contando com a quebra aproximada de 15% no total da safra.