Recuperação nos preços do milho
Quinta-feira, 19 de janeiro de 2006 - 20h53
SOJA
Apesar dos preços retraídos, o ano começou bem em termos de volume de soja exportado.
Na primeira quinzena deste ano, considerando as vendas dos primeiros quinze dias de 2005, houve aumento de 449,1% no faturamento diário das exportações de soja.
A projeção é de crescimento ao longo do ano. De acordo com a Céleres, as exportações devem totalizar US$10,04 bilhões, faturamento cerca de 12,0% maior que em 2005.
Assim como as exportações, o volume de vendas de soja também tem sido maior nesse início de ano. De acordo com a AgRural, até meados de janeiro, cerca de 14% da produção brasileira de soja já havia sido comercializada, contra 8% na mesma época de 2005.
A perspectiva de aumento no escoamento do grão deve ajudar a aliviar os estoques nacionais, mesmo com a estimativa de produção, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em 58,5 milhões de toneladas, quantidade cerca de 16,50% maior que a colhida na última safra.
MILHO
Os preços do milho reagiram nos últimos dias. As informações referentes à quebra da safra em função do clima adverso tem causado apreensão no mercado e ajudado na recuperação discreta dos preços.
Em Santa Catarina, de acordo com o Centro de Estudos de Safras e Mercados do Estado (Epagri / Cepa), a quebra da safra de milho está contabilizada em 17%.
No Paraná, a estimativa de perda da colheita está em torno de 13% e, caso as chuvas não apareçam logo, a safrinha pode ser quase que totalmente comprometida, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do Estado.
O tamanho do prejuízo, somente nesses dois Estados, pode ser calculado em 1,76 milhão de toneladas. Ainda não existem dados sobre a quebra da produção no Rio Grande do Sul, um dos Estados mais afetados pela seca e por problemas na produção agrícola.
A notícia de que a safra vem sendo prejudicada não é agradável, mas pelo menos ajuda a sustentar o mercado.
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