Últimos relátorios e projeções

A primeira quinzena de janeiro foi repleta de relatórios e projeções divulgados por importantes órgãos, de extrema importância para o cenário internacional de grãos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês), por exemplo, publicou dois relatórios: um referente à produção e outro relacionado à oferta e a demanda mundial de grãos. O levantamento mostrou um aumento de quase nove milhões de toneladas na produção, atingindo aproximadamente 2,2 bilhões de toneladas de grãos. No caso da soja, o estudo mostrou um aumento de 5,5% ou o equivalente a 1,45 milhão de toneladas, alcançando uma produção de aproximadamente 233 milhões de toneladas. Para o Brasil, o relatório não mostrou alterações quanto à produção, mantendo-a em 59 milhões de toneladas. Mas vale a pena ressaltar que provavelmente haverá diminuição na produção do País em decorrência, principalmente, da seca sofrida pela região sul, Paraná e Rio Grande do Sul. No Brasil o relatório de acompanhamento da safra de grãos fica por conta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que neste início de ano divulgou o quarto levantamento. Esse levantamento apontou uma redução nas estimativas da produção brasileira de grãos em aproximadamente 5% - o que representa uma queda de pouco mais de 7 milhões de toneladas - quando comparada com o último levantamento (dezembro de 2008) e a estimativa ficou em 137 milhões de toneladas. Este cenário de queda de produção é explicado pela falta de crédito que o produtor vem enfrentando e da elevação do custo de produção, além, é claro, da estiagem sofrida no sul do País, como já mencionado. Com relação aos preços - mesmo com a expectativa de aumento na produção mundial feita pelo USDA - a tendência não é de queda. Um estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, com base nos dados do USDA, mostra um aumento na demanda mundial de grãos nos últimos anos, principalmente milho, soja e trigo, e por isso as cotações teriam sustentação para não caírem.
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