O último relatório sobre oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) não mostrou as esperadas retrações nos estoques mundiais finais de grãos.
As projeções mundiais para a safra de grãos ficaram em 2,2 bilhões de toneladas. Com relação à soja, a safra e os estoques finais não tiveram alterações em comparação à projeção anterior.
Para o milho, o relatório acusou um aumento nos estoques finais de aproximadamente 12,5% em relação ao último levantamento. Alguns dos motivos para este aumento foram: a diminuição da produção de etanol e a queda nas exportações americanas deste grão.
Mesmo assim, as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) não caíram, como normalmente aconteceria mediante tal divulgação.
O que fez com que os preços do milho não caíssem foi o suporte dado pela desvalorização do dólar frente às outras moedas. A alta do petróleo também deu sustentação às cotações de milho na CBOT.
Para a soja, como o relatório não mostrou mudança nas expectativas para a próxima safra, os preços também
se mantiveram estáveis na CBOT.
Já o trigo, segundo o USDA, será um dos grandes responsáveis pelo aumento da safra mundial de grãos. Sua produção deve aumentar em aproximadamente 12%, com um volume colhido de cerca de 684 milhões de toneladas. Esse resultado fez as cotações do trigo cair nos últimos dias.
Comparando o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com as projeções mundiais do USDA, o Brasil terá uma representatividade de pouco mais de 6% na produção mundial de grãos, com 140,3 milhões de toneladas.
Por fim, o relatório ainda fez algumas projeções de aumento na safra da União Européia em 22% em relação à safra passada, aumentando para 310,6 milhões de toneladas.
Na Argentina a previsão é de queda na safra de trigo em 35,6%, passando para 10,5 milhões de toneladas na safra 2008/2009. Essa retração é decorrente da falta de chuvas nas épocas essenciais para o desenvolvimento da cultura.
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