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Scot Consultoria

Indefinição para o curto prazo


Sexta-feira, 28 de novembro de 2008 - 08h05

O novo plano de apoio econômico do Governo dos Estados Unidos, de US$800 bilhões, deu uma injeção de ânimo nos mercados em geral, incluindo o agrícola. Os preços dos grãos na bolsa de Chicago (CBOT) reagiram no início da quarta semana de novembro. Entre as commodities agrícolas mais comercializadas em bolsas, os maiores aumentos ficaram por conta do trigo e da soja. Com a grande baixa acumulada nas cotações a partir do segundo semestre de 2008, essa reação não será suficiente para evitar a queda na renda dos produtores norte-americanos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou que o custo para os produtores terá um aumento em torno de 16% neste ano. As exportações dos EUA estão próximas de atingirem as projeções realizadas pelo USDA. Para que isso ocorra, será necessário exportar 17,5 milhões de bushels por semana até o final do ano, o que provavelmente ocorrerá, visto o aumento nas importações de países asiáticos. A Coréia do Sul pode se tornar um mercado em potencial para absorver o maior volume das exportações de soja, já que o País está aumentando a taxa de mistura de biodiesel de 1% para 3% ao diesel comum. No Brasil, as variações de preços nas commodities agrícolas não foram observadas com a mesma magnitude que nos EUA. O preço do real frente ao dólar, que vem apresentando grande volatilidade nos últimos três meses, faz com que qualquer aumento ou queda no mercado internacional seja "amortecido" pelo preço local da moeda. Para os produtores brasileiros o cenário atual não é dos melhores. Apesar do câmbio sustentar os preços internos, o custo de produção continua elevado. Além disso, o acesso ao crédito está mais difícil para o produtor. Diante da falta de crédito internacional, as tradings cessaram o fornecimento e o Governo Federal não "desburocratiza" capital para este início de safra. Apesar da crise financeira e seus reflexos na agricultura mundial, no longo prazo a demanda mundial por alimentos será cada vez maior. Portanto, um cenário firme para os grãos brasileiros.
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