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Scot Consultoria

Semana de relatórios e projeções


Quinta-feira, 13 de novembro de 2008 - 18h00

A última semana foi "recheada" de relatórios divulgados por várias entidades relevantes no cenário internacional do mercado de grãos. O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou dois importantes relatórios, um referente ao volume da próxima safra norte-americana e outro referente à oferta e demanda mundial de grãos. Ambos os relatórios são de extrema importância. Tem-se, de um lado, o volume da maior safra mundial (americana). Do outro, o cenário internacional da oferta e demanda de grãos. No Brasil o relatório sobre a evolução da safra de grãos fica sob responsabilidade da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). A entidade acompanha a área plantada, a expectativa de produtividade e realiza projeções sobre o volume final da safra 2008/2009. Nos três relatórios citados não houve nenhum dado divulgado que indicasse mudança no rumo dos preços. Ou melhor: a intensidade da crise financeira internacional não permite que dados concretos, como os divulgados por entidades governamentais, ofereçam suporte a alguma eventual alta dos preços dos grãos. Tamanha crise não oferece espaço para projeções, ou seja, estoques finais menores não significam alta nos preços. A CONAB divulgou que a área destinada para o milho de 1ª safra diminuiu cerca de 2,3% em relação ao ano anterior. O USDA diminuiu a estimativa de safra em quase 6 milhões de sacas e a Argentina também reduziu a produção estimada em 1 milhão de toneladas. Os estoques finais caíram 4% em relação ao mesmo período em 2007 e, mesmo assim, o milho vem sofrendo consecutivas baixas durante a semana. A soja também diminuiu o volume de estoques finais e o volume final da safra 2008/2009. Ainda assim os preços também caíram na Bolsa de Chicago (CBOT). O petróleo desvalorizado e a crise financeira sem previsão de chegar ao fim apertam o cenário para as commodities em geral, não apenas as agrícolas. Apesar de notícias de pacotes econômicos de resgate para as economias européias, norte-americana e chinesa, o mercado ainda segue "pessimista" quanto ao curto prazo. No mercado interno, a volatilidade do real frente ao dólar dita os preços dos grãos: até agora os preços internos não sofreram a mesma desvalorização que os dos vizinhos norte-americanos. Para os agricultores que optaram pela estratégia de compra de insumos antecipada, o dólar cotado a R$2,30 oferece um certo "fôlego".
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