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Scot Consultoria

Colheita norte-americana e preços internos


Quinta-feira, 6 de novembro de 2008 - 17h18

A colheita de soja segue o ritmo normal nos EUA, não apresentando problemas climáticos que possam afetar a produtividade final. De acordo com o último relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) sobre o avanço da colheita, até agora 86% da área foi colhida. No ano passado, nessa mesma época, cerca de 90% da área havia sido finalizada. A média da evolução da colheita nos últimos cinco anos é de 89%, mas esse pequeno atraso não apresenta redução significativa no volume total da safra. Os reajustes ocorridos nos preços do grão desde o início da semana vêm em linha com o ritmo das exportações norte-americanas do grão, que surpreendeu pelo alto volume registrado nas últimas duas semanas. O maior volume exportado tem como destino países como Japão, China e Índia que, apesar da crise financeira, mantêm aquecida a demanda pela commodity. Apesar das exportações norte-americanas estarem indo bem, o momento é de cautela. O câmbio continua variando de acordo ao "humor" do mercado: nem a definição sobre as eleições para presidente nos EUA trouxe alívio. A desvalorização do dólar frente ao real verificada desde 03/11 mostra a ameaça de dois fatores de baixa: por um lado o preço referência na Bolsa de Chicago, que caiu 5,7% no período, e por outro a desvalorização do dólar, que recuou 5,45% até o fechamento desta edição. A cotação do petróleo não oferece suporte aos preços dos grãos. Nos patamares de US$65,00/barril a produção de biocombustíveis não se justifica do ponto de vista econômico. A dificuldade na obtenção de crédito prejudica o início de safra brasileira, principalmente os investimentos nas culturas de "safrinha", como é o caso do milho e do sorgo, com a expectativa de redução na produção. A luz no fim do túnel para os produtores que ainda não obtiveram crédito para financiar a safra vem da redução nos preços dos fertilizantes. Com os estoques "pré-safra" em alta e a dificuldade dos produtores em financiarem o plantio, as vendas despencaram em outubro, resultando em diminuição dos preços. A queda nas cotações de alguns produtos, como o sulfato de amônio e o super simples, já chega a 13%, em média. No caso dos formulados, a redução gira em torno de 15%. No mercado interno, apesar da turbulência na maioria dos mercados financeiros internacionais, os preços mostraram maior firmeza em função do dólar ainda valorizado. A soja subiu 4,3% desde o início da semana, passando de R$46,00 para R$48,00/saca em Paranaguá - PR. Apesar da alta, o câmbio ainda dita as variações dos preços no curto prazo.
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