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Scot Consultoria

Será o retorno das commodities?


Quinta-feira, 21 de agosto de 2008 - 16h04

A volatilidade dos preços dificulta o planejamento da safra 2008/09. Está difícil fundamentar as bases para definir como se comportarão os preços. A pressão baixista veio forte, derrubou os preços, que voltam a subir, mesmo diante de um cenário adverso para valorização. Típica atuação dos fundos de hedge e de investimento, que ao menor sinal de incerteza e "fraqueza" cambial correm para o porto seguro das commodities. Depois de afundar até o preço mais baixo desde dezembro de 2007 na Bolsa de Chicago (CBOT), em apenas uma semana a soja recuperou-se 12%. O milho seguiu um ritmo mais alto de reajuste, subindo 17% no mesmo período. O petróleo também subiu. Depois de registrar a cotação mais baixa desde o mês de abril, subiu 5%, e é negociado em US$116,00/barril. Essas três commodities - soja, milho e petróleo - têm mais coisas em comum do que se pode imaginar. Além do viés energético, as desvalorizações que sofreram, após atingirem picos históricos, foram muito semelhantes. O petróleo caiu de US$146,00/barril para US$116,00/barril, desvalorização de 20% em apenas um mês. A soja (também) desvalorizou-se em 21,6% desde seu pico histórico, e o milho foi o que mais sentiu a pressão negativa, caindo 28% desde sua cotação recorde na CBOT, de US$7,99/bushel. Todas as quedas ocorreram no mesmo período, entre julho e agosto. O medo de uma desaceleração econômica internacional, além da crescente pressão inflacionária, levou alguns países a elevarem as taxas de juros, notadamente a União Européia. Juros altos atraem os capitais que haviam "inchado" os preços das matérias-primas, provocando uma fuga de investidores para aplicações mais seguras. No fim, o produtor paga a conta de tamanha volatilidade. Hoje os preços se aproximam dos "verdadeiros", onde a oferta apertada e a demanda - que ainda não mostrou nenhum sinal de enfraquecimento - os países emergentes sustentam as cotações. Vale ressaltar que o preço de US$13,00/bushel para a soja, e US$5,75/bushel para o milho, quando comparados com as médias dos últimos cinco anos, estão bem altos.
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