Clima ditando o mercado de grãos

O clima nas principais regiões produtoras de milho e soja dos Estados Unidos está ditando os preços dos grãos no mercado internacional. Em outubro, por exemplo, o preço da soja sofreu forte pressão de baixa na Bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), decorrente do clima favorável para a colheita da safra 2009/2010 nos Estados Unidos. Por outro lado, quando a meteorologia apontava para chuvas, fato que atrasa a colheita, os preços reagiam. No caso do milho, as fortes chuvas prejudicaram algumas lavouras norte-americanas. O excesso de umidade resultou na incidência do fungo Diplodia sp.. O fungo não produz micotoxinas nos grãos, o que é uma boa notícia. Por outro lado, tem reflexo direto no desenvolvimento das espigas, principalmente em termos de produtividade e menor valor nutricional do milho. As lavouras de soja também não escaparam da alta umidade e do frio. Esta situação coloca em discussão a produtividade da maior safra a ser colhida nos Estados Unidos. Para as primeiras semanas de novembro a previsão é de clima favorável à colheita da soja e do milho, que por sinal, estão atrasadas em relação ao mesmo período de 2008. MERCADO INTERNO Depois da recuperação entre setembro e outubro, os preços do milho encontram dificuldade para evoluírem no mercado físico. Esta situação é reflexo de um mercado ainda bastante ofertado e com baixa liquidez. A parte vendedora reluta em entregar o insumo a preços menores, enquanto que os compradores não se mostram dispostos a pagarem mais. Com isso, os negócios estão devagar na maioria das praças. No curto prazo o mercado pode se firmar. Existe a expectativa de uma maior demanda por milho pelo setor de carnes, em especial o de aves e suínos, para atender o consumo decorrente das festas de final de ano.
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