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Transgênicos causam discórdia no Paraná


Segunda-feira, 8 de maio de 2006 - 12h55

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar o transporte e exportação de cargas pelo Porto de Paranaguá contendo organismos geneticamente modificados (OGMs) está causando desavença entre os agricultores do Estado. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) vai entrar com ação na Justiça devido à decisão do STF da liberação dos organismos geneticamente modificados. O governador do Paraná determinou que a Procuradoria do Estado auxiliasse a Fetraf-Sul. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura do Estado, a liberação do embarque de soja transgênica no Porto de Paranaguá causou perda de um contrato de exportação de 60 mil toneladas de soja, o que gerou prejuízos econômicos perto de R$23 milhões. Segundo a Fetraf-Sul os agricultores perderam negócio fechado com representantes de 30 regiões da Europa, por causa da possibilidade de contaminação da soja no complexo Portuário do Porto de Paranaguá. Para que os contratos de venda de soja convencional continuassem a ser fechados, seria necessário um espaço isolado dentro do porto, ou então parar completamente as operações dos terminais e fazer uma limpeza completa da área. Mas isso seria inviável em função das implicações logísticas e dos elevados custos. Além disso, segundo o Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Paraná, os produtores do Estado também deixariam de ganhar no momento em que as empresas preferirem pagar o valor de mercado mais alto pela saca de soja convencional. Outras entidades também se manifestaram contra a presença de transgênicos em Paranaguá, pedindo a intervenção do poder público na decisão do STF. A liberação de embarque de soja transgênica no Porto de Paranaguá vem sendo discutida desde 2004. As opiniões a favor de seu embarque, assim como as opiniões contrárias ainda causam problemas, mesmo depois que o STF tenha intercedido. (MGT)
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