O Brasil exporta, mas está longe de ser um grande exportador. Boa parte das vendas envolve produtos menos elaborados, com menor valor agregado, e conseqüente menor geração de divisas. Exemplos: maior exportador de carne bovina e de frango do mundo.
A exportação de produtos brasileiros poderia aumentar, não fosse pela lentidão no transporte desde a sua produção até os portos. É nesse percurso lento que se perde parte da competitividade em função do aumento dos custos.
De acordo com a Aliança Pró-Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex), desde que deixa a fábrica, as mercadorias demoram 39 dias até o porto de destino.
Com essa lenta movimentação, o Brasil deixa de lucrar US$25 bilhões por ano com as vendas internacionais. É o ponto onde mais acumulam os custos no processo.
Entretanto um estudo realizado pela Procomex, ainda em desenvolvimento visa mapear as etapas dos fluxos aduaneiros, envolvendo tanto exportações como importações.
Após a identificação de todas as etapas do processo, incluindo os documentos exigidos e os procedimentos burocráticos, será iniciada a segunda fase, prevista para ocorrer a partir de agosto, que visa identificar quais mudanças podem ser feitas, tanto no âmbito normativo como em substituições e alterações nos procedimentos burocráticos, que resultem em ganho de tempo no ambiente aduaneiro.
A terceira etapa do processo consistirá no desenvolvimento e na implantação de um novo sistema, informatizado, semelhante àqueles adotados nos países mais competitivos no comércio exterior.
A economia de tempo através da otimização dos modais do transporte facilitaria as exportações brasileiras. Hoje o Brasil possui um dos piores sistemas aduaneiros e uma mudança serviria de impulso à economia brasileira. (MGT)
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