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Scot Consultoria

Mais seis focos de febre aftosa no Paraná


Terça-feira, 21 de fevereiro de 2006 - 13h40

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou ontem a ocorrência de mais 6 focos de febre aftosa no Paraná. As ocorrências se deram em fazendas que já estavam interditadas, pois desde novembro de 2005 não foram registradas novas suspeitas. De toda forma não deixa de ser um problema. São praticamente 4 meses de especulação e notícias desencontradas. O Brasil tem demorado muito para resolver a questão, o que tem custado caro. Os novos focos abrangem um rebanho de cerca de 4,5 mil animais, localizados em Bela Vista do Paraíso (fazenda Flor do Café), Grandes Rios (fazenda Santa Isabel), Maringá (fazendas Cesumar e Pedra Preta) e Loanda (fazendas Alto Alegre e São Paulo). Vale lembrar que, além dos focos no Mato Grosso do Sul, já havia sido detectado um no Paraná, na fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira. E nem esse primeiro caso foi resolvido, pois o governo paranaense vinha contestando o laudo do MAPA. O pior é que a situação pode se repetir agora. Em nota oficial, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná afirma que “o Ministério reconheceu, mesmo não encontrando a doença e nem isolando o vírus, mais seis propriedades com foco de febre aftosa no Estado...”. O governo do Paraná aponta ainda que durante os períodos de investigação, ou seja, ao longo dos últimos 122 dias, nenhum animal morreu ou adoeceu no Estado em razão da febre aftosa. Mesmo assim, o MAPA resolveu notificar focos com base na sorologia e nos preceitos do Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Nem os abates da fazenda Cachoeira, onde foi registrado oficialmente o primeiro foco, têm data prevista para começar. O que será, então, do controle dos novos focos? Vale lembrar que, recentemente, a Argentina notificou um foco de aftosa na provínica de Corrientes, e em menos de 1 semana os animais dentro do raio de segurança foram mortos e os pecuaristas indenizados. A situção já foi controlada, o que tem feito com que os embargos contra a carne argentina sejam mais brandos em relação às restrições impostas à carne brasileira. Por exemplo. Com relação ao Brasil, a União Européia embargou a carne de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, sendo que neste último Estado não foi registrado nenhum foco de aftosa. A Rússia começou embargando apenas o Mato Grosso do Sul. Depois, incluiu o Paraná. Por fim, depois de tanta confusão, estendeu a restrição ao Brasil todo. Já com relação à Argentina, Rússia e União Européia interromperam as compras de carne apenas da região de Corrientes. O tratamento diferenciado encontra uma explicação plausível. Só não vê quem não quer. (FTR)
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