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Economia americana cresce menos que o previsto


Segunda-feira, 1 de agosto de 2011 - 16h20

A economia americana cresceu menos do que o previsto para o segundo trimeste de 2011, depois de quase estagnar no começo do ano, quando o consumo se retraiu. O Departamento de Comércio divulgou que o produto interno bruto americano no segundo trimestre registrou alta de 1,3% na comparação com o primeiro trimestre, que aumentou 0,9% em relação ao último trimestre de 2010. Economistas entrevistados pela agência de notícias Bloomberg haviam previsto crescimento de 1,8% para o período. Os títulos do tesouro americano subiram após o relatório ter reduzido as perspectivas de recuperação da economia no segundo semestre somado à preocupação com um possível calote da dívida externa, impasse que se arrasta há semanas e tem a data limite em 2 de agosto. A economia já vacilante pode sofrer um próximo golpe com os cortes nos gastos do governo sendo negociados pelo Congresso, obrigando a Reserva Federal a manter as taxas de juros perto de zero. O indicador de preços mais utilizado pela Reserva Federal (que está associado aos gastos do consumidor, desconsiderando alimentação e energia) subiu 2,1% no segundo trimestre, em comparação com o anterior. Economistas salientam que um ligeiro aumento na inflação e o crescimento insuficiente poderiam mostrar um cenário problemático para os Estados Unidos. Cortes nos gastos públicos tendem a reduzir a inflação. Ação parecida, porém com base diferente do objetivo americano, tem sido demandada pelo governo brasileiro. O Índice de Preços ao Consumidor Acumulado (IPCA) é o índice oficial utilizado pelo Banco Central brasileiro para cumprir o regime de metas de inflação do Governo e já ultrapassou o teto da meta (6,5%). Alimentação e energia: maiores gastos com comida e energia podem ter reduzido gastos com produtos menos essenciais. O preço da gasolina chegou a custar quatro dólares por galão (3,89 L), o valor mais alto em três anos. A queda da criação de empregos também desencoraja os consumidores. A taxa de desemprego está atualmente em 9,2%. Indústrias alimentícias afirmam que, este ano, o lucro será menor. Negócios: a maior parte do crescimento do segundo trimestre veio de investimentos e comércio. Vendas fora do país têm sido mais atraentes que as domésticas, dizem algumas indústrias. O chefe executivo da Dow Chemical Co., Andrew Liveris, por exemplo, diz que tem observado um forte crescimento de consumo nos países da América Latina, assim como em outros mercados emergentes, enquanto a América do Norte tem apresentado um crescimento moderado. O plano de contratações ainda permanece nebuloso. Grandes companhias multinacionais já têm anunciado planos de demissões em suas unidades ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, a inabilidade do governo de se chegar a uma conclusão com relação ao aumento do teto da dívida pode também influenciar as companhias quanto às decisões sobre contratações e importações de matérias primas no segundo semestre. Os dados recentes mostram que a economia americana ainda terá problemas para emergir completamente da recessão e seguir para de um caminho de crescimento sustentável e vibrante. Essa foi a primeira estimativa do terceiro trimestre com as duas próximas em agosto e setembro, respectivamente. Fonte: Agência de Notícias Bloomberg. Por Shibanna Chandra, editado por Christopher Wellisz. 29 de julho de 2011.
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