Extensão de embargos da UE ainda está pendente

A reunião que ocorreu ontem em Bruxelas, entre representantes brasileiros e veterinários europeus para a esclarecer alguns pontos duvidosos da sanidade animal no Brasil foi positiva, pelo ponto de vista dos brasileiros presentes. As questões discutidas envolveram a reestruturação do sistema de rastreamento animal (Sisbov), as medidas de vigilância e controle da febre aftosa, detalhes da aftosa no Paraná, fraudes nos embarques de carnes e a doença que atingiu 107 mil aves de uma granja em Mato Grosso do Sul este ano. Entretanto a possibilidade de que a União Européia possa paralisar as exportações de carne de todo o território nacional é real e amedronta o setor. Caso ocorra o embargo geral, este deve ser provisório. Desde outubro, quando a Europa parou de importar carne bovina de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, o preço da carne aumentou 20% no território europeu. Além dos preços mais altos, o embargo poderia causar problemas de abastecimento, já que não existe outro fornecedor de carne nos mesmos parâmetros que o Brasil, para a UE. A decisão é esperada entre hoje e amanhã, quando o Comitê Permanente da Cadeia Alimentar e de Saúde Animal da União Européia deve chegar a uma posição. Na reunião, o Comitê analisará o pedido formal de um estado-membro da UE para que o bloco amplie o embargo à carne brasileira. (MGT)
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