Há espaço para novas altas?

O mercado segue firme. O cenário é semelhante à semana anterior, com reposição em alta, escalas curtas, atendendo de 2 a 3 dias, em média, e pastagens em ótima qualidade em grande parte do país. Existe a expectativa do fazendeiro por novas altas, o que o incentiva a segurar os bois no pasto. O pecuarista iniciou a segunda-feira da última semana observando um mercado firme, mas sem grandes altas. Nos mês anterior (26/2 a 26/3) o preço do boi gordo em São Paulo havia subido 2,6%. Em três dias, na última semana, ele subiu 3,2%. Sendo assim, temos a margem de comercialização dos frigoríficos menor devido ao aumento no preço da matéria prima. Isso traz cautela à expectativa de novos reajustes. Por exemplo, o Equivalente Scot Carcaça, que apura a receita do frigorífico com a venda da carne, couro, sebo e miúdos está 13,8% acima do preço do boi. Queda de 3,5 pontos percentuais na comparação com o início da semana anterior. Realmente houve diminuição na margem, mas se olharmos mais longe veremos que a média desde 2007, quando a Scot Consultoria elaborou o índice, é de 13,6% acima do boi, próxima aos níveis atuais. Ou seja, os frigoríficos já trabalharam em margens menores quando houve movimentos de alta nas cotações do boi, como em agosto de 2008, por exemplo, quando a média deste Equivalente foi de 6,8% acima do preço da arroba. A expectativa está no atacado, que pode reagir à menor disponibilidade de carne no mercado e ao aumento de consumo típico do início de mês. Acesse: twitter.com/scotconsultoria
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