Boi sobe, escalas nem tanto

O mercado do boi gordo segue firme na maioria das praças brasileiras. O boi gordo em São Paulo subiu 4% desde o início de fevereiro. Foi também no início do mês passado a última vez que as escalas mostraram alguma recuperação nas praças paulistas. Observe a movimentação das escalas de abate e preços pagos pelo boi na figura 1. Em dezembro, quando as escalas diminuíram, houve aumento no preço pago pela arroba, com frigoríficos esperando o aumento de consumo típico do final de ano. Na semana das festas, a maioria dos pecuaristas não ofertou seus animais, fato que causou mais reajustes no preço. Em seguida, com os preços atrativos em comparação às vésperas do Natal, os fazendeiros voltaram das festas dispostos a fazer negócio. Oferta aumentou, preço caiu. Janeiro passou e as escalas enxugaram novamente. As ofertas pelo boi gordo foram subindo, principalmente no início de março, quando o consumo reagiu um pouco (boi casado subiu 6,5% entre 18/2 e 11/3). O interessante é que as escalas continuam curtas. Pode-se observar animais pesados ao abate, uma indicação de animais “represados”. Mesmo com produtores segurando os animais, não há indícios de que a oferta venha a surpreender, não a ponto de desestabilizar o mercado. Ao menos não agora, com chuvas e pasto. Acesse: twitter.com/scotconsultoria
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