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Scot Consultoria

Confinamento em 2010?


Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 - 09h08

Ainda é um pouco cedo para traçar tendências para o número de animais confinados em 2010. Mas por enquanto, os produtores não se mostram muito animados para confinar este ano. Em primeiro lugar os preços do boi magro estão firmes, com pouca variação desde fevereiro de 2009. A cotação média do boi magro nos principais estados confinadores caiu 3,2% entre fevereiro de 2009 e 2010, sendo que o pico de preços foi em junho, quando o mercado estava bastante aquecido pela proximidade do fechamento dos animais no cocho. Veja na tabela 1 o preço do boi magro nas principais praças. Mesmo com os preços firmes, ainda existe a expectativa de alta nas cotações quando a procura aumentar na proximidade da época de fechar o gado no cocho. E este pode ser um fator de inibição do confinamento. Por outro lado, os custos com o confinamento também caíram desde fevereiro passado. Em média, considerando os índices calculados pela Scot Consultoria, houve um recuo de 4% no custo do confinamento. E ainda existe expectativa de recuo nos preços dos principais concentrados nos próximos meses, em função da maior safra estimada para 2010. Até agora temos um ponto negativo (boi magro: preço firme e oferta ajustada) e um ponto positivo (custos mais baixos este ano). Mas o receio de que os preços do boi gordo possam variar conforme o comportamento do ano passado tem ajudado a desestimular o confinamento em 2010. No ano passado, por mais que o número de animais confinados tenha diminuído em torno de 20% em relação ao ano anterior, os preços caíram em outubro e novembro e ficaram bem abaixo da média dos preços da safra de 2009, conforme pode ser observado na figura 1. A demanda mais fraca por carne tirou a sustentação dos preços, mesmo mediante a oferta menor observada na entressafra. Existem fatores que podem estimular ou inibir o confinamento em 2010 e o que irá prevalecer, mais uma vez, é o custo na ponta do lápis, que permite maior margem de segurança nas negociações e até que ponto o baque da pecuária no ano passado com a crise ainda está deixando o produtor desestimulado.
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