As exportações estão se recuperando, mas não no ritmo pretendido pelos frigoríficos. Isso tem ocorrido devido ao real valorizado e ao consumo, que ainda está patinando em alguns países. Especificamente a queda das importações da Rússia, o maior comprador de dianteiro bovino do Brasil, preocupa os exportadores.
No entanto, há tendência de elevação dos preços de cortes de traseiro no final de ano, o que pode compensar as dificuldades observadas para o dianteiro. Outro ponto importante, no que diz respeito às vendas dos frigoríficos, é a valorização do couro verde (144% de junho para cá), devido há algumas mudanças que ocorreram no setor. Destaque também para o aumento dos preços do sebo, puxado pela antecipação, para janeiro de 2010, da mistura de biodiesel ao diesel comum.
Porém, sem saber o que vai ocorrer com a oferta de gado ao longo das próximas semanas, a estratégia adotada pela maioria das indústrias é de não alongar as escalas mais do que o necessário para serem consideradas “confortáveis”. Hoje elas atendem cerca de 6 dias em São Paulo. Assim, o mercado se mantém sob pressão de baixa. Ontem (09/11) a maioria dos negócios em São Paulo ocorreu em R$76,50/@, a prazo, para descontar o imposto.
O confinamento dá sinais de estar chegando ao fim. Por outro lado, há boi de pasto “represado”.
O que deverá ditar os preços na safra que está por vir é a oferta, já que a demanda, tanto a interna quanto a externa, tende a melhorar com o reaquecimento da economia mundial.
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