De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as exportações brasileiras de gado em pé deverão crescer aproximadamente 20% de 2009 para 2010, alcançado 620 mil cabeças.
A média mundial de crescimento tende a ser de apenas 2%, com os embarques totalizando 4.441 mil cabeças. O desempenho brasileiro, portanto, deve ser 10 vezes maior do que a média.
O Brasil tende a se beneficiar do aquecimento da demanda mundial (graças à retomada do crescimento econômico) e do fato de alguns concorrentes enfrentarem dificuldades em termos de produção e, conseqüentemente, de vendas.
A Austrália, por exemplo, ainda de acordo com o USDA, deverá exportar 910 mil cabeças bovinas em 2010, o mesmo volume de 2009.
Interessante avaliar também o avanço da representatividade brasileira (
market share). Em 2002 as exportações do Brasil não representavam praticamente nada (zero mesmo) das exportações mundiais de gado em pé. Em 2010, porém, devem chegar a 14% do total mundial.
À frente do Brasil, em 2010, ficarão Canadá (1.200 mil cabeças), México (1.000 mil cabeças) e Austrália (910 mil cabeças). Vale destacar que, desse grupo, os dois primeiros são totalmente dependente dos EUA e somente a Austrália exporta a grandes distâncias, via oceano (ou seja, com o uso de navios), como o Brasil.
Hoje os embarques brasileiros se destinam, quase que 100%, ao Líbano e à Venezuela. Mas existem negociações em curso para a abertura de novos mercados, principalmente na África.
Vale lembrar que, conforme também já apresentado neste espaço, o USDA espera que as exportações brasileiras de carne bovina também cresçam 20% em 2010. A ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) também está otimista. Veja a entrevista com Otávio Cançado, diretor executivo da associação
(clique aqui).
O ano de 2010 promete.
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