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Scot Consultoria

Boi abaixo de R$77,00/@?


Quarta-feira, 28 de outubro de 2009 - 08h47

O preço-referência do boi gordo em São Paulo chegou a R$77,00/@, a prazo, para descontar o funrural. Esse é, ao menos até agora, o piso do ano, já tendo sido registrado em meados de março. Veja a figura 1. Em março as tentativas de compra abaixo de R$77,00/@ não foram bem sucedidas. A questão é que, conforme destacado na figura, à época as escalas atendiam, em média, quatro dias. Agora, a média é de sete dias, com alguns grandes frigoríficos informando programações de abate de mais de nove dias. Isso significa que, se for para o boi romper o piso, as chances atualmente são boas. E a pressão de baixa tem se mostrado bastante intensa, com alguns compradores já ofertando menos de R$77,00/@ de balcão. Vale destacar que a retração da arroba em algum momento entre agosto-outubro tem se tornado um movimento característico do mercado do boi gordo (figura 2). Em boa medida porque, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, aproximadamente 68% dos animais confinados são negociados nesse período. Este ano, em função da queda do volume de animais confinados, chegamos a cogitar a possibilidade desse ajuste de preço não ocorrer. Mas aí está ele. As atenções agora se voltam para novembro. Os fatores de baixa são a frouxidão cambial, a sazonalidade das exportações de carne (que tradicionalmente recuam em final de ano), a oferta de boi de pasto (já que essa foi uma entressafra chuvosa) e o fato de ainda estarmos colhendo alguns reflexos negativos da crise mundial (preços internacionais abaixo dos mesmos patamares de 2008 e várias plantas frigoríficas fechadas, por exemplo). Já os fatores de alta são a recuperação econômica (sendo que em final de mês sempre ocorre um aquecimento adicional da economia, considerando ainda que o consumo de carne bovina possui elasticidade-renda elevada), o fim da oferta de boi cocho, as pastagens em boas condições (que permitem ao pecuarista adotar uma estratégia de venda compassada) e a entrada em vigor da isenção de PIS/COFINS para os frigoríficos. Vamos ver quais fatores irão pesar mais.
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