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Scot Consultoria

Recuperação dos preços internacionais da carne bovina


Terça-feira, 1 de setembro de 2009 - 08h48

Entre o estouro da crise mundial (setembro/outubro de 2008) e fevereiro de 2009, os preços internacionais da carne bovina recuaram significativamente. Os importadores, com problemas de crédito e muita insegurança em relação ao comportamento da demanda, resolveram queimar estoques e comprar o mínimo necessário, a preços baixos. Depois desse período, mediante o enxugamento dos estoques mundiais, a retomada gradual do crédito e a percepção de que o mundo não iria parar de comer (apenas deveria pagar um pouco menos pelos alimentos), as vendas reagiram e as cotações internacionais da carne bovina começaram a se recuperar. Veja os exemplos da figura 1. Acompanhe agora, na figura 2, somente as exportações brasileiras de carne bovina in natura. Vamos analisar o efeito do câmbio. Entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009, quando o mercado internacional acusava o golpe da crise, o preço médio da carne in natura brasileira recuou, em dólares, 36%. Em reais, porém, o recuo foi de 17% (significativamente menor), graças à desvalorização da moeda nacional. Já na fase de recuperação dos preços internacionais, entre fevereiro e julho de 2009, a cotação da carne brasileira, em dólares, reagiu 20%. Já em reais, não saiu do lugar, com variação positiva de apenas 0,1%. De um lado o câmbio amenizou um pouco o efeito da queda dos preços internacionais para os exportadores brasileiros. De outro, porém, tem impedido que a atual recuperação seja internalizada. Vale destacar que, de acordo com informações do jornal Valor Econômico, o real foi a moeda que mais se desvalorizou após a quebra do banco Lehman Brothers (início da crise). Da mesma forma, foi a que mais se valorizou este ano. Por conta disso, o governo brasileiro está estudando medidas para tentar amenizar as oscilações do câmbio. Elas têm preocupado tanto quanto a possibilidade de uma valorização excessiva.
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