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Brasil perdeu espaço no mercado internacional


Terça-feira, 14 de junho de 2005 - 12h09

O Brasil perdeu espaço no mercado internacional nos últimos anos. Os responsáveis são uma série de fatores que podem ser considerados desvantajosos em relação a outros mercados em ascensão. De acordo com a CIA (Agência Central de Inteligência) a participação brasileira no PIB mundial recuou 25% de 1980 a 2005, ficando em 2,6%. Já a China avançou 325%, e hoje detém 13,6% do PIB mundial. O PIB da Índia responde por 6% do PIB mundial, crescimento de 81% no mesmo período. No comércio exterior, a economia brasileira também está atrás desses países, com cerca de 1% do total, contra 5,8% da China e 1,6% da Índia. Somente nas vendas para os Estados Unidos, maior comprador do mundo, o Brasil cedeu 28,7% de participação à China no período de 1996 a 2002. Na União Européia, a perda foi de 6,3%. Um dos fatores é o Real supervalorizado em 15% em relação ao dólar, enquanto que a moeda chinesa está defasada em 25% em relação à moeda norte-americana. Além disso, os países asiáticos têm carga tributária de aproximadamente 15%, enquanto no Brasil é de cerca 36,8% do PIB. Além disso, são numerosos os incentivos fiscais para investimentos no outro lado do mundo. O Brasil precisaria aumentar a taxa de investimento de 20% para 25% do PIB, reverter taxas de juros, impostos e burocracia, melhorar a legislação trabalhista, controlar oscilações do câmbio e melhorar a infra-estrutura interna no país. A solução está ao alcance da vontade política do governo e da capacidade de mobilização da sociedade, de acordo com a Fiesp. A situação se agrava com a competição desleal no mercado chinês, que começa com a manipulação do câmbio até a pirataria de produtos e marcas, passando pela prática de dumping, salários abaixo da linha da dignidade, subsídios e outros. É difícil intervir, a não ser pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Porém, a decisão do Brasil de reconhecer a China como economia de mercado dificulta o processo. (MGT)
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