Embargo à carne paraense chega ao fim

Segundo informações do Diário do Pará, o Ministério Público Federal começou a enviar em 8 de julho correspondência aos clientes de quatro frigoríficos que atuam no Pará recomendando que voltem a comprar a carne produzida no Estado. A medida marca o fim do embargo ao produto paraense depois de 37 dias de suspensão das vendas para grandes compradores, entre eles grupos Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour. Os frigoríficos Bertin, Minerva, Kaiapós e Coopermeat foram os primeiros a assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) em que se comprometem a exigir que seus fornecedores atendam normas ambientais, fundiárias e trabalhistas. Representantes de outros seis frigoríficos e três curtumes são esperados nos próximos dias no MPF para também assinarem o TAC. O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg) confirmou que a entidade vai aderir ao documento. As 21 fazendas alvo de ação civil pública do MPF também devem procurar o órgão e fazer a assinatura do Termo, condição para que as ações sejam retiradas. De acordo com o procurador, representantes de quatro propriedades já iniciaram as negociações. O embargo à carne começou quando MPF e Ibama entraram na Justiça contra 21 propriedades acusadas de desmatamento ilegal. Os frigoríficos e 69 clientes das indústrias paraenses foram informados de que poderiam figurar como co-responsáveis do crime, caso mantivessem as relações comerciais como os acusados. Pressionada pela fuga dos clientes, os frigoríficos começaram a negociar com o MPF e pediram ajuda do governo para chegar ao acordo fechado em 8 de julho.
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