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Scot Consultoria

Sob coordenação do PENSA, cadeia láctea paulista se une para agir!


Segunda-feira, 31 de outubro de 2005 - 13h17

No último dia 27 de outubro, em Ribeirão Preto (SP), representantes de todos os elos da cadeia láctea paulista se reuniram no auditório da FEA/USP para realização do Workshop sobre os números do agronegócio lácteo e da competitividade paulista. O estudo, denominado “Tomografia da Cadeia do Leite em 2004” foi solicitado pela Câmara Setorial do Leite e Derivados de São Paulo, e foi apoiado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, pelo CODEAGRO (Coordenadoria de Desenvolvimento nos Agronegócios) e por diversas outras empresas. O estudo foi realizado pelo PENSA (Programa dos Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial) da Universidade de São Paulo, sob coordenação do professor Marcos Fava Neves. Contou com o auxílio de empresas privadas, como a Scot Consultoria, que atua no agronegócio prestando consultoria, analisando mercado e desenvolvendo cenários para o agronegócio de leite e corte, e o Milkpoint, site especializado em notícias do setor lácteo nacional e internacional. Muitos presentes à apresentação afirmaram que tão elevado número de informações, de qualidade, nunca haviam sido apresentados em apenas um evento do setor. O Estudo, após o Workshop, passará ainda por novos reajustes e compilações para que o estudo final seja divulgado. O PENSA estimou que o agronegócio lácteo nacional tenha movimentado cerca de R$64,8 bilhões em 2004. Sem dúvida alguma a cadeia mais representativa de todo o agronegócio. Dentre os diversos números apresentados, que logo serão divulgados, alguns fatos chamam a atenção. Em São Paulo, Estado que nitidamente vem perdendo importância na produção leiteira, uma surpresa nas principais bacias leiteiras. Fazendo-se uma análise de competitividade entre as regiões, definidas pelo IBGE, as bacias mais competitivas, em ordem decrescente, são Campinas, Vale do Paraíba, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Os critérios para se chegar a esta competitividade foram proximidade de mercados, qualidade de pastagens (nativas x cultivadas), densidade de leite (litros por área total), produtividade de pastagens (litros por hectare de pastagens) e contribuição por vacas (litros por vaca ordenhada). Esta informação gerou surpresa a alguns, e até descrença em outros. Nos últimos anos tem sido observada a dificuldade de produtores, especialmente em regiões como Campinas e Vale do Paraíba, em se manterem na produção leiteira. Evidentemente, esperava-se uma pior competitividade destas bacias. No entanto, quando se coloca em números e índices técnicos, estas bacias ainda estão em condições de competir. Vale lembrar que em termos de concentrados, há uma certa equivalência entre as proximidades. Todas as regiões estão próximas de diversos tipos de alimentos que podem, perfeitamente, constituir dietas competitivas aos animais, sejam os grãos do Paraná e do próprio mercado paulista, a indústria de cerveja, a indústria cítrica, do milho e os resíduos do Triângulo Mineiro. Apesar da tendência observada nos últimos anos, regiões como Campinas e Vale do Paraíba ainda apresentam índices relativamente melhores, em comparação ao Estado todo, para a produção leiteira. Trata-se de um fato. É preciso agir, sob pena de, nos próximos anos, realmente perderem maior importância ainda. Bastam estratégias, especialmente do setor privado!!! E é justamente essa a proposta do PENSA. Estabelecer uma seqüência de ações a serem estudadas, planejadas e implementadas para garantir a competitividade do agronegócio lácteo paulista. O estudo gerou informações importantíssimas, tanto paulistas, como de âmbito nacional. No entanto, é preciso elaborar ações. Essa é apenas uma das fases de um trabalho para ampliar a competitividade do setor lácteo paulista. (MPN)
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