Sisbov poderia evitar maiores prejuízos da aftosa

Hoje devem sair os resultados do exame sorológico das suspeitas de casos de febre aftosa no Paraná. Em São Paulo, até o presente momento nenhum foco foi confirmado. Enquanto em Mato Grosso do Sul foram encontrados 12 focos. Situação adversa para a pecuária brasileira. Os embargos aumentam a cada dia. Já chegam a 45 os países que embargaram a carne bovina brasileira, sendo que alguns ainda proibiram a importação de carne de frango e suína. As proibições impostas pela Indonésia são destoantes, envolvendo máquinas, remédios, todas as carnes e soja. O Governo brasileiro está tentando fazer sua parte. Os animais da região do foco estão sendo abatidos e os pecuaristas prejudicados serão indenizados, caso tenham realizado a vacinação. Mas, uma vez que os animais contaminados participaram de uma feira agropecuária, a Eurozebu, na cidade de Londrina, o problema atual tem sido rastrear outros animais que possam ter entrado em contato com eles. Caso o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) estivesse em pleno funcionamento, o processo de rastreamento seria mais rápido, mais eficiente e, o que seria até mais importante, poderíamos provar que a situação está sobre controle. As normas do Sisbov obrigam, aos exportadores de carne, o cadastramento dos animais no programa de rastreamento. O tempo de permanência mínimo no sistema é de 90 dias e na propriedade é de 40 dias. Quem produz carne para o mercado interno não precisa rastrear. No futuro, quando os pecuaristas forem remunerados pelo sistema de rastreamento, ao invés de penalizados pela falta do mesmo, o Sisbov poderá ser implementado desde o nascimento do bezerro. Quando chegarmos a esse futuro, casos de aftosa poderão ser contidos antes de virarem focos de aftosa. Infelizmente esse futuro apresenta poucos sinais de estar próximo. (LMA)
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