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Scot Consultoria

O problema do crédito


Quarta-feira, 25 de março de 2009 - 08h53

Por Fabiano R. Tito Rosa A crise de crédito tem afetado significativamente o desempenho das nossas cadeias produtivas. Que o diga a cadeia da carne bovina, através do “quebra-quebra” de frigoríficos. O termo pode ser forte, mas infelizmente é isso mesmo que vem acontecendo. Mas o problema vai além. Reproduzo a seguir uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo (24/03), de autoria do jornalista Gitânio Fortes, enviado especial a Paris. Crédito é maior ameaça para o agronegócio brasileiro, diz OCDE Recuo na oferta e custo mais alto do crédito, além da queda no investimento estrangeiro direto, representam os mais sérios riscos para a agropecuária dos países emergentes nesta crise financeira global. Essa é a avaliação da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne 30 dos países mais ricos do mundo). No caso brasileiro, a dificuldade aumenta pela constante renegociação de dívidas agrícolas. "Adiar pagamentos prejudica o funcionamento do mercado de crédito e eleva o risco para o sistema bancário", diz Ken Ash, diretor de Agricultura e Comércio da OCDE. Esses recursos deveriam ir para infraestrutura, área em que o Brasil apresenta dificuldades, afirma Olga Melyukhina, economista da Diretoria de Agricultura e Comércio. Embora o agronegócio seja um setor "relativamente forte, o país anda não desenvolveu um sólido sistema de crédito rural", diz. O Brasil foi um dos países analisados no relatório "Políticas Agrícolas em Economias Emergentes", divulgado na semana passada. Os outros foram Chile, China, Índia, Rússia, África do Sul e Ucrânia. Embora nenhum integre a entidade, a OCDE sugeriu a todos que resistam à "tentação do protecionismo", diz Andrzej Kwiecinski, analista de política agrícola. O ideal é evitar ações imediatistas, como reduzir ou suspender tarifas de importação, ou impor barreiras de exportação, por meio do aumento ou da criação de taxas. Isso pode até ampliar a oferta de alimentos nos países exportadores a curto prazo, mas, ao reforçar a autossuficiência, há o risco de elevar a instabilidade dos preços agrícolas, além de reduzir o comércio global. Segundo a OCDE, o melhor é que os emergentes invistam em pesquisa, infraestrutura, treinamento e marketing. Como medida de curto prazo, Kwiecinski elogiou o Chile, que concentrou o apoio oficial ao beneficiar o acesso de consumidores a alimentos básicos.
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