Boi gordo: como estava o mercado em março de 2008?

Por Fabiano R. Tito Rosa Tomei como base as cotações do boi gordo de ontem, 23 de março (terça-feira), e as comparei com as do mesmo período do ano passado. Na verdade, com as de 24 de março de 2008, pois em 2008 o dia 23 caiu num domingo. Na média das 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria tem-se, de lá para cá, uma variação positiva de 2%, em termos nominais. Em termos reais, ou seja, considerando a inflação, o boi perdeu valor, independentemente do índice que se queira usar. Em algumas regiões o boi se valorizou de forma significativa. Destaque, por exemplo, para Erechim e Pelotas, no Rio Grande do Sul, com 9% e 11% de alta, respectivamente. No Oeste da Bahia o reajuste foi de 15%, assim como no Rio de Janeiro. Esses foram os grandes campeões. Em São Paulo (região de Barretos), porém, o boi valia apenas R$1,00/@ a menos do que hoje. O aumento, portanto, foi de apenas 1%. Como já comentado nessa coluna, o recente movimento de baixa, que agora perdeu força, fez a cotação do boi gordo paulista regredir um ano. No Norte do Tocantins ela caiu 5%, passando de R$66,00/@ para R$63,00/@. No Sul do Estado a queda foi de 2%. No Sudoeste de Rondônia foi de 4%, e assim vai. A recente desvalorização da arroba anulou boa parte dos ganhos de margem que a pecuária havia conseguido no último ano. Afinal, apesar dos custos terem recuado nos últimos meses, eles não retornaram aos patamares de março de 2008. A boa notícia é que o mercado está voltando a firmar. É verdade que em várias praças ainda há pressão de baixa, mas logo-logo o comportamento observado em São Paulo e Mato Grosso do Sul (que são as praças “balizadoras”) deve se estender para a maior parte do país.
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