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Hipóteses da origem da febre aftosa: Bioterrorismo, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Paraguai


Quinta-feira, 13 de outubro de 2005 - 14h04

Depois da primeira reunião técnica em Eldorado (MS), onde foi descoberto o foco de febre aftosa, o governo trabalha com três hipóteses para a origem da doença: bioterrorismo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com assentamentos localizados nas proximidades do município, e o Paraguai. O governo suspeita de um ato criminoso. Apesar de necessitar de estudo técnico sobre o assunto, a hipótese de bioterrorismo está sendo discutida pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa, que enviou técnicos a Eldorado. No caso do MST, as suspeitas são da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) do Mato Grosso do Sul, pois médicos veterinários informaram terem visto animais com cicatrizes da doença em um dos assentamentos. No caso do Paraguai, a desconfiança existe pelo fato da fazenda, onde foram encontrados os animais contaminados, ficar a 30 quilômetros do país vizinho. A presença de representantes do governo do Paraguai na reunião do grupo técnico também sinaliza que a doença pode ter imigrado para o Brasil. São quase 700 quilômetros de fronteira seca, por onde são contrabandeados vários produtos e passam muitos animais. A arroba do boi paraguaio é bem mais barata. Existe ainda uma suspeita da doença em Japorã, na fronteira com o Paraguai. Foram coletados materiais de animais com sintomas de aftosa que serão analisados pelo laboratório do MAPA em Belém. Um problema administrativo retardou o envio do material, que só seguiu ontem para a capital paraense. Não se sabe quando os resultados do exame serão entregues. Até a noite de ontem, 34 países já tinham declarado embargo total ou parcial às exportações de carne brasileira: os 25 da União Européia, mais Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia, Rússia, Israel, África do Sul e Bulgária. Com isso, oito dos dez maiores clientes do Brasil já suspenderam as compras temporariamente. Caso esses embargos se caracterizem em bloqueio, 60% das exportações brasileiras de carne podem ficar comprometidas, segundo estimativas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Fonte: Globo Online
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