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Scot Consultoria

Como anda a margem da indústria frigorífica?


Quarta-feira, 17 de dezembro de 2008 - 09h14

Analisando os números, é possível afirmar que a margem dos frigoríficos melhorou. Ao menos no que diz respeito ao mercado interno. Acompanhe, na figura 1, as variações dos preços do boi e da carne no atacado (equivalente físico), em São Paulo. Tanto a carne quanto o boi estão em queda. Mas desde o início de dezembro, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, a retração do boi gordo já chegou a 10,1%, contra 4,9% do equivalente físico. Assim, a defasagem da carne para o boi diminuiu, como ilustra a figura 2. Na média de 2008 (janeiro a meados de dezembro) o frigorífico recebeu 11,5% menos pela carcaça com osso do que pagou pelo boi gordo. Hoje essa defasagem está em 4,8%, voltando aos patamares registrados no início de outubro. Naquele período, porém, a carne e o boi estavam em alta, com a carne subindo mais. Agora, a carne e o boi estão em baixa, com a carne caindo menos. O movimento se inverteu. Falando mais especificamente da carne, o dianteiro despencou 12,5% nos últimos 16 dias, mas ele responde por 39% da carcaça. O traseiro, que vale mais e responde por 48% da carcaça, se manteve mais ou menos firme, “suavizando” a queda do equivalente físico. Portanto, se existem problemas de margem e/ou de venda de carne, a origem é o mercado externo. Vale lembrar que os resultados dos embarques de novembro, disponibilizados ontem nesse mesmo espaço, foram ruins. Foi a primeira vez, desde 2003, que o faturamento recuou em relação ao mesmo período de um ano anterior. E qual será o desempenho de dezembro? Ninguém arrisca palpite, se bem que as notícias que chegam dos frigoríficos exportadores não são muito animadoras. Tanto é que os frigoríficos de mercado interno, com margens em patamares relativamente bons (ou ao menos dentro da normalidade), têm se mostrado mais ativos na compra do boi (e principalmente da vaca) do que os gigantes do setor. (FTR)
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