Recuperação dos preços pecuários

Os mercados do boi gordo e de animais para reposição trabalham, hoje, em ambiente ligeiramente frouxo. Apesar da oferta relativamente reduzida, a pecuária, como outros setores da economia, sente os reflexos da crise econômica que assola o planeta. De toda forma, em relação a meados de 2006, os preços pecuários registraram forte recuperação. Vale lembrar que no caso do boi gordo junho de 2006 foi o “fundo do poço”, quando a cotação em São Paulo (que é a praça balizadora do mercado brasileiro), chegou ao menor patamar dos últimos 50 anos (em termos reais): R$60,54/@, corrigidos pelo IGP-DI, ou R$50,00/@, em valor nominal. Acompanhe, na figura 1, as variações nominais das cotações do boi gordo e do bezerro, entre junho de 2006 e novembro de 2008 em alguns dos principais Estados pecuários do Brasil. As maiores variações foram registradas na região Norte. Há alguns anos, em função do avanço da pecuária em direção às regiões de fronteira, os preços do Norte do país foram pressionados negativamente. Mais recentemente, porém, graças ao aumento dos investimentos por parte das indústrias frigoríficas (justamente num período de retração do rebanho), as cotações do Norte subiram com intensidade superior à média brasileira. Outro destaque é o forte “descompasso”, em Goiás, entre a valorização da reposição, representada pelo bezerro, e a do boi gordo. Reflexo, provavelmente, do avanço dos confinamentos. (FTR)
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