Boi do Norte vale tanto quanto o boi do Brasil Central

Ontem o mercado fechou com cotações de R$83,00/@ para o boi gordo de Rondônia e R$82,00/@ para o boi gordo de Redenção – PA, ambos a prazo, para descontar o funrural. Em Goiás, por exemplo, o boi gordo era negociado a R$84,00/@, na região de Goiânia. No Norte de Minas valia R$83,00/@, o mesmo que no Sudoeste do Mato Grosso. São as mesmas cotações de Rondônia e do Pará. Já discutimos essa questão outras vezes, neste mesmo espaço. O ajuste produtivo acometeu o Brasil todo. No entanto, no Norte, houve nos últimos anos um forte aumento da capacidade de abate, bem acima do que ocorreu no restante do país, alimentando a demanda. Talvez Rondônia seja o melhor exemplo disso. É preciso considerar, ainda, o efeito do gado confinado no Brasil Central, que ajuda a reduzir o problema de oferta na entressafra. No Norte, quase não tem boi de cocho. Resultado: as diferenças de preço entre o Norte e o Brasil Central se estreitaram significativamente. Veja a situação do início do ano. Na média de janeiro, o boi em Rondônia foi negociado a R$59,82/@. Em Redenção, no Pará, ficou em R$59,86/@. Já em Goiânia – GO os negócios foram fechados em R$72,00/@, chegando a R$70,27/@ no Norte de Minas e R$67,95/@ no Sudoeste do Mato Grosso. Vamos adotar Rondônia como referência da região Norte e analisar a evolução comparativa dos preços do Estado, em relação às praças já citadas do Brasil Central (mais São Paulo), entre janeiro e hoje. Veja na tabela 1. Ao longo de 2008 as maiores valorizações do boi gordo foram registradas no Norte do país. E Rondônia é o grande destaque. (FTR)
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