Goiás é 1º em confinamento de bois

Goiás é hoje destacadamente o primeiro do ranking de confinamento de bovinos no País. A informação é do pecuarista Juan Lebron, diretor operacional da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), entidade organizadora da Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), um evento de três dias que se encerra hoje (dia 18) em Goiânia. Conforme o dirigente da Assocon, Goiás conta hoje com 518 propriedades confinadoras, produzindo anualmente, cerca de um milhão de bois terminados, o que representa 30% de todo o rebanho confinado no País. “Só em Goiás a atividade é responsável por fazer girar na economia aproximadamente R$2 bilhões ao ano”, diz o diretor da associação. Conforme Juan Lebron, a atividade de confinamento cresce em todo o País de forma acentuada e sustentável há vários anos e tudo indica que não perderá o fôlego tão cedo. “Basta dizer que há sete anos o rebanho confinado representava menos de 2% do abate no País e hoje já é nada menos que 8%”, afirma. Segundo ele, a previsão era de que só esse ano o número de animais confinados crescesse 20% no País, o que não ocorreu exclusivamente pela falta de animais para reposição. “Infelizmente, esse é um problema que não se resolverá no curto prazo. Nossa expectativa é de que a escassez de bois magros perdurará por pelo menos mais três anos”, diz o pecuarista. Juan Lebron diz que os confinadores goianos não enfrentam qualquer tipo de dificuldade para comercializar seus rebanhos, que até pelo contrário, sequer suprem toda a demanda. “O nosso problema maior hoje são os elevadíssimos custos de produção, o que reduz de forma drástica as margens de lucratividade, exigindo máxima eficiência na atividade”, diz ele. Quanto à aceitação da carne de boi confinado pelo mercado internacional, o diretor da Assocon afirma que há um diferencial positivo para o produto brasileiro. “Ao contrário do boi confinado de outros países, o nosso fica por um período muito curto em confinamento, 90 dias em média, o que não lhe tira as características do boi criado a campo”, frisa o pecuarista. Fonte: O Popular. 18 de setembro de 2008.
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