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Scot Consultoria

Eucalipto para geração de biocombustíveis


Sexta-feira, 12 de setembro de 2008 - 09h17

O eucalipto pode ser tão bom e eventualmente até melhor do que a cana-de-açúcar para a produção de biocombustíveis a partir da biomassa gerada pela plantação/colheita destas culturas. A afirmação é de Carlos Alberto Labate, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq). Ela foi feita durante o Simpósio sobre Etanol de Celulose, promovido pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Segundo o professor, o eucalipto é uma árvore incrível e o Brasil tem muita sorte por ter todas as condições necessárias para a alta produtividade da cultura. A indústria florestal brasileira, uma das melhores do mundo e que serve de referência para vários países, está interessada em entender como a biomassa do eucalipto pode ser usada para a produção de etanol. Trata-se de uma nova revolução da química verde. Atualmente, os resíduos permanecem no solo das plantações após a extração do tronco da árvore, que normalmente é destinada à indústria de papel e celulose. “Uma quantidade razoável de casca é dispensada no solo com o corte da madeira, algo em torno de 20 toneladas por hectare. No entanto, estes resíduos desperdiçados podem ser usados para produzir bioetanol e biopolímeros. A casca do eucalipto é uma ótima fonte de carbono de baixo custo”. Em pesquisas, foi comprovado que a composição da casca do eucalipto é mais favorável do que o bagaço da cana em termos de açúcares fermentáveis: a quantidade de pentoses (monossacarídeos de cinco carbonos) inibitórias ao processo de fermentação é menor na casca do eucalipto. Além disso, o eucalipto possui o dobro de hexoses, que são açúcares fermentáveis como sacarose, glicose, frutose e galactose, em relação ao bagaço da cana. Isso significa que, teoricamente, o potencial do eucalipto para a fermentação é maior do que o da cana. Mas os estudos ainda não estão concluídos. Os estudos também indicam que enquanto a cana produz em torno de 10,6 toneladas de bagaço por hectare em um ano, o eucalipto chega a gerar de 23 a 25 toneladas de biomassa por hectare, no mesmo período, com alto potencial para serem transformadas em energia. O crescimento da área cultivada com eucalipto no Brasil deve ser significativo nos próximos anos, saindo de cerca de 3,5 milhões de hectares atualmente para 4,3 milhões em 2015. O fato de o Brasil estar entre os três maiores fornecedores mundiais de papel para impressão é um ponto positivo no estímulo à esse tipo de pesquisa. Fonte: Agência FAPESP. 11 de setembro de 2008. Adaptado por Scot Consultoria
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