Cenário incerto para os grãos

As cotações do milho e da soja vêm sofrendo sucessivas quedas na Bolsa de Chicago (CBOT), reflexo da desvalorização do petróleo. A Cotação do Petróleo já se desvalorizou cerca de 7% somente nas duas últimas semanas. Enquanto isso, os grãos também apresentam desvalorização semelhante no mesmo período: 8% para a soja e 9,3% para o milho na CBOT. Além do viés de baixa do mercado de commodities em geral, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) diminuiu as condições de boas/excelentes para as lavouras norte-americanas devido à seca ocorrida no mês de agosto. Mesmo assim, os preços não reagiram na perspectiva de piora da produtividade. Ainda não se sabe ao certo os danos causados pela seca, mas a temporada de tempestades tropicais iniciada na região do Golfo do México leva chuva às regiões produtoras, o que pode servir de alívio para as lavouras que atravessam o período de enchimento de grão. As condições das culturas podem reagir e melhorar acima do que foi previsto pelo órgão. A produtividade e os estoques continuam indefinidos nesse ponto da safra norte-americana, não revelando nenhuma tendência para o médio prazo. Enquanto isso, produtores brasileiros sofrem com a volatilidade dos preços, e a perspectiva de rentabilidade se torna cada vez mais comprometida com o aumento dos custos dos insumos. (JA)
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