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Scot Consultoria

Perspectivas para a demanda e o comércio mundial de alimentos: o que podemos tirar para o Brasil?


Terça-feira, 2 de setembro de 2008 - 09h29

Um estudo divulgado pelo Rabobank oferece um cenário otimista para as exportações de carne e do agronegócio em geral, com algumas restrições. O intitulado “BOOM das commodities” engloba os biocombustíveis, incluindo o etanol, os quais serão responsáveis por uma importante parcela do mercado de commodities agrícolas num futuro próximo. A indústria de alimentos como um todo será beneficiada pelo livre comércio e pelos aumentos dos rendimentos na China, Índia e em outras nações em desenvolvimento. Brady Sidwell, diretor do Rabobank no Norte da Ásia, acredita que o momento é mais favorável aos negócios com produtos agrícolas do que se imagina, complementando que há um cenário otimista, particularmente quanto ao crescimento da Ásia, estimulando o consumo. De acordo com o relatório da empresa, a demanda global que segue os 4 F’s, em inglês, Food, Fuel, Feed e Fiber (alimentos, combustíveis, confinamentos e fibras), deve continuar a crescer. Isto irá pressionar a agricultura para que se torne mais eficiente, levando também a um maior investimento na indústria. Ao mesmo tempo, as redes de transporte mundiais estão sendo ampliadas, e alguns países passarão a explorar grandes quantidades de recursos naturais, antes quase inacessíveis e agora disponíveis ao uso. “O boom das comoditties” revela que as vendas de proteínas de origem animal, lácteos, alimentos processados, grão energéticos e commoditties em geral deverão refletir os benefícios do “crescimento extremo” do comércio e da demanda mundial de alimentos nos próximos anos. Sedweel, embora um dos responsáveis pela empresa no norte da Ásia, foi criado em uma fazenda de trigo e de gado em Oklahoma, nos Estados Unidos, e acredita que a China, em particular, oferece uma grande oportunidade para a agricultura e para a carne norte-americana. Diz ele: "Os chineses são consumidores de carne. São os maiores produtores mundiais de suínos, mas não têm capacidade de produzir todo o alimento de que necessitam”. Adverte ainda que não muitas empresas dos EUA e de outros lugares do mundo, têm feito dinheiro na China. No entanto, não basta apenas multiplicar um produto por 1,3 bilhão (número de habitantes da China), pois aquela é uma sociedade complexa e de muitas faces, completando ainda que o país é composto por 30 estados, com suas próprias leis e maneiras de fazer negócios. Sedweel também vê oportunidades na Malásia e Vietnam, afirmando que a Malásia, por exemplo, importa uma grande quantidade de carne Halal, pois trata-se de um país muçulmano. Com isso, a Austrália é beneficiada, pois é o maior exportador mundial de carnes deste tipo. Neste sentido, salienta o censo mercadológico australiano que mantém as atenções voltadas aos mercados para exportação. Com isso, por exemplo, a agricultura e a indústria de carnes do país têm sido voltadas à Ásia, mas já garantindo: “O Vietnam está emergindo. Lá os consumidores se comportam como os Chineses”. Referente à Coréia do Sul, Sedweel afirma que o país comprou mais carne dos EUA do que realmente necessitava. E a razão disso foi o poder de compra dos consumidores. Diz que aquele é um comércio totalmente guiado pelos consumidores, onde os grupos de consumo são extremamente poderosos. O executivo acredita, porém, que os protestos deste ano contra a renovação das importações de carnes dos EUA não venham a proteger muito a indústria local, pois o custo das carnes produzidas internamente é três a quatro vezes maior que o custo das importações. Adiciona afirmando que na Coréia do Sul, os consumidores não hesitam em pagar mais pelos produtos importados, e que o real problema reside na “politização da carne importada”. Fonte: Meatpoultry.com. Adaptada pela Scot Consultoria, 29 de Agosto de 2008.
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