Em abril a Scot Consultoria realizou uma pesquisa junto a confinadores e indústrias de insumos, avaliando que havia uma expectativa de aumento em torno de 20% para o volume de bovinos confinados em 2008, na comparação com 2007. O total, portanto, deveria se aproximar de 3,10 milhões de cabeças, com destaque para Goiás e Mato Grosso.
De lá pra cá, porém, o cenário virou de ponta cabeça. As perspectivas de preços se arrefeceram, com o mercado futuro, hoje, em posição invertida. Em outras palavras, os contratos de longo prazo estão abaixo do mercado físico e dos contratos de curto prazo.
O custo, por sua, vez, subiu significativamente, graças ao aumento dos preços dos concentrados e, principalmente, da reposição (boi magro). Acompanhe toda essa discussão em outras duas análises já publicadas neste espaço:
“Custos do confinamento passam de R$100,00/@” e
“Variação do boi de julho para outubro”.
E agora, o que esperar do confinamento? Logicamente que está difícil acreditar, ainda, em aumento de 20%. Ao longo da última semana a Scot Consultoria ouviu de vários confinadores que já não iriam mais para a segunda rodada. Alguns nem realizaram a primeira. Muitos estão vendendo o boi magro e os alimentos já adquiridos, sendo que quem está em região leiteira tem mais facilidade para negociar os concentrados e a silagem.
Dessa forma, alguns agentes do setor acreditam, inclusive, que o confinamento recue este ano. Nesse caso, vale a pena ficar de olho no andamento dos contratos a termo.
E você, acredita em quê? (FTR)
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