Dia de relatório

Mais um dia de expectativa no mercado de grãos. Hoje (11/07) é dia de divulgação do relatório Crop Progress e World Agricultural Supply and Demand Estimates, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). Esses relatórios contêm as mais atualizadas informações a respeito da área plantada, produtividade e produção (estoque) total de culturas como soja, milho, trigo, algodão, açúcar e gado bovino. Não existem muitos sobressaltos com respeito aos dois relatórios. A única “possível” novidade seria uma melhora na estimativa de produtividade média do milho. Essa estimativa foi reduzida em função da condição climática desfavorável no início do plantio, além do excesso de chuvas que prejudicou as principais regiões produtoras do cereal. Com relação aos estoques finais, o relatório é importante para confirmar (ou não) o enfraquecimento da demanda por milho, que já diminuiu seu preço na última semana. Dentre as razões, a melhora do clima e o fraco volume de exportações, indicando uma menor demanda internacional, explicam a queda do grão, que está cotado hoje a US$6,75/bushel, queda de 13% durante a última semana. As cotações da soja permaneceram firmes durante a semana. Apesar das oscilações, a cotação retornou ao patamar acima dos US$16,00/bushel, puxada pela expectativa de um eventual retorno do “locaute” argentino e altos volumes de exportação. Produtores argentinos estão na expectativa da votação do Senado sobre a manutenção ou não dos impostos sobre exportação. Já amargam uma derrota “apertada” pelo Congresso nacional, agora se preparam para mais uma greve, já que no Senado a situação também não se mostra favorável. (JA)
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