Boi do Norte sobe mais. Destaque para Rondônia

A pecuária atravessa uma fase de alta iniciada entre junho/julho de 2006. De lá para cá, os preços pagos pelo boi gordo e pela reposição (que começou a reagir até um pouco antes) têm variado acima da inflação. Dentre as 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a maior valorização registrada foi para o boi gordo de Rondônia: 125% entre junho de 2006 e o início de julho de 2008, passando de R$36,43/@ para R$82,00/@. Em junho de 2006 o boi de RO valia 27% menos que o de São Paulo. Hoje, a defasagem caiu para 12%. Os reajustes nas cotações da arroba também superaram ou alcançaram os 100% nas regiões de: Campo Grande - MS (100%), Marabá - PA (100%), Redenção – PA (108%), Alta Floresta - MT (112%) e Norte do TO (102%). Os menores aumentos, entre junho de 2006 e julho de 2008, foram registrados no Rio Grande do Sul, sendo 51% para a região de Pelotas e 57% para a região de Erechim. Vale lembrar que no extremo Sul do país, o processo de recuperação dos preços do boi gordo iniciou-se mais cedo. Aliás, em meados de 2006 o preço do boi gordo no Rio Grande do Sul era o mais alto do Brasil. De toda forma, está claro que, ao longo dos últimos dois anos, as mais significativas valorizações da arroba foram registradas na região Norte. Entre os anos 2000 e 2006, graças à forte expansão da pecuária local, os preços do boi gordo no Centro-Norte do país recuaram de forma mais significativa que no Centro-Sul. Num segundo momento, esse aumento de oferta, aliado a preços atrativos e à melhoria do status sanitário, atraiu as grandes indústrias para Rondônia, Tocantins, Pará e outros Estados da região, ampliando significativamente a capacidade de abate local. Como resultado tem-se, hoje, aumentos para o boi gordo proporcionalmente mais significativos na região Centro-Norte do que no Centro-Sul. (FTR)
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