Arroz: produção nacional cresceu, mas preços continuam subindo

As cotações do arroz continuam em alta no mercado internacional. O crescimento do consumo, acompanhado pela menor oferta do produto, sustenta os preços do cereal. No Brasil, a história não é diferente. A redução da área plantada ao longo dos anos, em função do plantio de culturas mais rentáveis, reduziu a oferta de arroz e alavancou as cotações. Em Pelotas-RS, a cotação do cereal pulou de R$20,00/saca de 60 kg, no início de junho de 2007, para os atuais R$33,50/saca. Aumento de 67,5% em um ano. Por conta dos bons preços, o País nunca exportou tanto arroz como agora. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de arroz totalizaram 213,4 mil toneladas de janeiro a maio, incremento de 81% ante o mesmo período do ano passado. Além disso, a limitação das exportações do cereal na Argentina e em outros países produtores incentivou o aumento. Os preços internos do produto continuam em alta, mesmo com a colheita chegando ao fim. Em Pelotas, as cotações estão 4,48% acima do que foi registrado em maio. Isso mostra que mesmo com a safra brasileira cheia, a tendência continua sendo de cotações firmes para o arroz e demais grãos, já que os estoques mundiais continuam baixos. De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de arroz chegou a 12,2 milhões de toneladas na safra 2007/08, 7,66% a mais que em 2006/07. (CMR)
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