Cerco aos especuladores

Na última semana a CFTC (Commodity Futures Trading Commission), entidade responsável pela regulação dos mercados futuros dos EUA, anunciou medidas para tentar aumentar a transparência e a vigilância dos participantes no mercado de energia, principalmente o petróleo. Entre as medidas anunciadas, o compartilhamento das informações com a Bolsa de Londres, sobre o volume de contratos, e medidas para se identificar os usuários finais dos futuros prometem um cerco mais “apertado” aos especuladores. A medida vem como uma resposta a excessiva alta das commodities, especialmente a do petróleo, que chegou a ultrapassar os US$133,0/barril, na NYMEX (New York Mercantile Exchange), maior preço de toda sua história. A notícia de uma maior regulamentação “assustou” o mercado, e já diminui as cotações internacionais do petróleo, que fechou a US$126,00/barril na última sexta-feira (30/06). O milho e a soja acompanharam a queda na última quinta-feira, mas logo tiveram suas cotações reajustadas em função de notícias de que o clima não está muito favorável ao plantio e germinação dos grãos, além de uma área plantada de milho menor que a estimada. O clima e as notícias de que a Argentina ainda não resolveu seus conflitos com os produtores locais ainda constituem os fatos principais que sustentam as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT), situação que pode mudar a partir da divulgação dos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), sobre estoques finais e produção agrícola, a serem divulgados neste mês. (JA)
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