Fertilizantes sobem novamente e Brasil quer aumentar a produção das jazidas nacionais

Segundo o último levantamento da Scot Consultoria, os fertilizantes apresentaram nova alta em maio, alavancados pelos aumentos, principalmente dos formulados. O 14-07-28, por exemplo, subiu 33, 87% de abril para cá, passando de R$930,00/ tonelada para R$1.245,00/ tonelada. Atualmente, as cotações do adubo estão 67,11% maiores que comparado ao mesmo período de 2007. Das matérias-primas, o nitrato de amônio foi o que mais aumentou no período (28,67%). A tonelada que custava R$750,00 no mês passado, agora custa R$965,00. Frente às fortes altas globais dos fertilizantes e dos alimentos, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou ontem (13) que vai lançar um fundo para subvencionar os adubos com o objetivo de aumentar a produção agrícola na África. Já no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pediu ao Departamento Nacional de Produção Mineral para mapear todas as minas de fósforo e potássio existentes no País a fim de aumentar a exploração, e conseqüentemente, a produção nacional. O Mapa também cobrou da Petrobrás ampliação na oferta de gás natural e a nafta (derivado do petróleo), matérias-primas básicas para produção dos fertilizantes nitrogenados. Atualmente, o Brasil depende da importação de 70% dos fertilizantes que consome. A Associação Internacional de Fertilizantes (IFA) estima um consumo mundial de adubos de 175,8 milhões de toneladas em 2008, aumento de 5,5 milhões de toneladas comparado a 2007. Por conta da crescente demanda mundial, grandes produtores de matérias-primas como a China estão restringindo as exportações dos produtos através de tarifas, o que pode valorizar ainda mais os preços dos fertilizantes no mercado internacional. (CMR)
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