Mais uma semana turbulenta no que diz respeito à crise alimentar mundial. Já teve quem pedisse a extinção da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas - ONU), alegando que a entidade teria fracassado em seus objetivos. Houve ciclone em Mianmar, o que pode diminuir ainda mais a oferta global de arroz, petróleo batendo recorde de preço, sem falar nas cotações das
commodities agrícolas e fertilizantes que não páram de subir.
Os conflitos por comida no mundo estão se intensificando, e a preocupação das autoridades mundiais aumentando. Diversos países estão restringindo as exportações, principalmente de grãos a fim de garantir o abastecimento interno e controlar a inflação. Medidas estas que estão agravando ainda mais o desabastecimento mundial e gerando protestos.
Na Argentina, os produtores retomaram os protestos contra a suspensão das exportações no país. A chefe para o programa de alimentação mundial da ONU também recomendou que os países abandonem as medidas de controle às exportações, alertando que as restrições contribuem para ampliar a crise global.
Por conta dessa conjuntura, no Brasil, o governo estuda um plano de incentivo ao cultivo do trigo e à produção nacional de adubo, já que o País tem grande dependência de ambos os produtos vindos do exterior.
O governo também analisa a possibilidade da inclusão de alguns insumos agrícolas, como os fertilizantes, na lista de exceções da Tarifa Externa Comum (TEC), com alíquota zero, bem como a isenção da cobrança do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), atualmente em 25% do valor do frete do produto importado. (CMR)
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