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Scot Consultoria

Primeira vítima brasileira


Quarta-feira, 30 de abril de 2008 - 12h12

Lembram-se daquela reportagem na qual os fazendeiros americanos reclamavam dos gastos com a chamada de margem, devido a alta volatilidade do mercado? Que já haviam deixado de ser produtores rurais para tornarem-se operadores de bolsa? Aqui no Brasil o mesmo sintoma começa a aparecer. Um grande grupo que trabalha com compra e venda de grãos em Goiás foi o primeiro a sentir as conseqüências daquilo que os colegas norte-americanos já haviam passado. A empresa, buscando a proteção dos seus preços através de operações em bolsa, adquiriu uma dívida gigantesca, sendo grande parte destinada ao pagamento de ajustes diários nas operações futuras. Investindo o capital disponível para a cobertura de margens, a empresa entrou em estado de insolvência junto a seus credores, culminando com um pedido de recuperação judicial no estado de Goiás. Problema causado pela imensa volatilidade que caracterizou o mercado nesse primeiro trimestre. Ninguém poderia imaginar que em um mesmo pregão a cotação da soja atingiria limite de alta e de baixa. Quem diria que justamente a busca de proteção ao risco causasse tanto transtorno à empresa? Primeira vítima declarada no país, o exemplo mostra que a utilização do mercado futuro como proteção ao risco da atividade também tem o seu custo de investimento. Para quem está disposto a correr o “risco de proteção”, vale ressaltar que acompanhamento e análise diária do mercado, além de uma quantidade razoável de capital líquido são necessários para a atividade. Resta saber até que ponto, ou quanto, vale a pena investir. (JA)
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