Difícil é saber quem é o vilão

Segundo dados do IEA (International Energy Agency – www.iea.org), os combustíveis renováveis (entenda-se etanol de cana-de-açúcar e milho) já são responsáveis por 50% do suprimento de combustível de origem fora da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Ruim com ele, pior sem ele. A OPEP declaradamente não aumentou sua produção de diária de petróleo afirmando não ser uma alta “fundamentada” em maior consumo, e que a produção nos níveis atuais são suficientes para cobrir a demanda. Será que eles sabem o que significa demanda? Aquecimento da economia global? Países emergentes? BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China)? Imaginem onde o preço do barril do petróleo estaria (hoje ao redor do seu recorde de US$120,00/barril) se não houvesse essa oferta de combustível limpo, barato e eficiente? Difícil é definir se o etanol é herói ou vilão. Se por um lado ele é equivocadamente “responsável” pela fome mundial, por outro é ele quem diminui as escaladas do preço dos combustíveis fósseis. O governo já sinaliza um eventual preço nos combustíveis, já que os aumentos internacionais não foram ainda repassados à população. Resta saber qual a maior preocupação do consumidor: fome mundial (não comprovada) ou aumento da gasolina? (JA)
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