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Scot Consultoria

Safra recorde não segura preço de alimentos


Segunda-feira, 28 de abril de 2008 - 09h55

A supersafra de 140,7 milhões de toneladas de grãos que o País colhe neste ano garante a comida no prato do brasileiro, mas a pressão de preços dos alimentos no bolso do consumidor deve se agravar nos próximos meses. Previsões indicam reajustes de até 8% no custo dos alimentos em 2008, o que mantém a comida no pódio dos aumentos de preços. Nos últimos 12 meses até março, os gastos com alimentação no País foram os que mais pressionaram o custo de vida: subiram 11,2% e responderam por mais da metade da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,7%. Por causa da disparada dos grãos nas últimas semanas em razão da escassez global, há consultorias que revisaram de 4,6% para 5% a inflação de 2008, medida pelo IPCA, isso sem levar em conta a provável alta da gasolina. "A inflação dificilmente cederá no segundo semestre por conta de todas as pressões de alimentos que surgiram nos últimos meses e devem continuar no curto prazo, principalmente de trigo e arroz, que têm impactos relevantes no IPCA", afirma o economista-chefe da MB Associados. Ele reviu para cima a estimativa para a inflação do ano. A projeção de alta dos preços dos bens não-duráveis para 2008 da consultoria era de 6% e subiu para 7,4%. Os bens não-duráveis incluem os alimentos. A LCA é outra consultoria que elevou o prognóstico para a inflação dos alimentos para 2008, de 6% para algo entre 7% e 8%. Ela observa que, em 12 meses até março, os preços do pão francês e do arroz subiram 15,25% e 7,48%, respectivamente. Desde dezembro, os preços do trigo e do arroz subiram mais de 20% no mercado atacadista nacional, em razão da escassez mundial do grão. Há projeções que apontam para R$ 90 o preço da arroba de boi gordo em setembro. Hoje a cotação varia entre R$ 74 e R$ 76. O motivo da alta é o abate de matrizes que ocorreu na época da crise da febre aftosa. Apesar da mudança de expectativas em relação às projeções de inflação, o governo diz que não há risco de desabastecimento. "A oferta de grãos está tranqüila, não é folgada, mas bem suportável", afirma o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério da Agricultura. Fonte: O Estado de São Paulo. Adaptado por Scot Consultoria. 28 de abril de 2008.
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